1. |
Companheiro
03:32
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Companheiro
Da janela, se assusta ao ver
Um vulto que treme, abrindo o portão
Toda noite, uma preparação
por deus, ousa suas irmãs!
Companheiro não é
Antonia, Martha e Patrícia choram por você
Um choro de longe,
Sempre chega tarde, gritando ao jantar
Fedendo a cachaça, fode sem permissão
Tremendo ele acorda,
Tremendo ela dorme,
Chorando ela acorda,
Deitada no sofá, fechando os olhos, espera a chuva passar
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2. |
Pela manhã
04:18
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Pela manhã
dou valor às coisas pequenas,
que acontecem com pouco suor
enquanto é cedo pela manhã
o clima fresco do sol em ascensão
estamos todos desprovidos,
de qualquer
preocupação
Tomo meu café, e tento lembrar
Aqueles olhos castanhos de ontem
As curvas, o ar
Sem dúvida ela me amou, levou até o ultimo ato
Disse adeus, e foi bom assim, mas é como se falta-se algo
Pela manhã, eu me sinto tão bem
O dia mal surgiu, a luz começa a respirar
completamente só, mas bem acompanhado
Henry Miller, Clarice, e Franz!
Pela manhã, acordo tão cedo
não quero levantar, hoje vou só descansar
completamente só, meio abandonado
Abandonado
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3. |
Unhas postiças
04:39
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Unhas postiças
um dia acordei e minhas unhas caíram da minha mão
um dia acordei, e meus cabelos se tornaram pó
agora eu quero unhas postiças, bem longas, pintadas de vermelho
agora eu quero um cabelo curto, que diga, “não tenho medo”
desde então faz tanto tempo que não durmo direito
passo minhas noites encharcado de suor,
Me percebo comum e belo no espelho
Então acordo suado, gritando só
meus olhos marejam quando estou passando pelo espelho
varrendo os dente, as unhas, pedaços deixados pelo chão
não vai sobrar nada de mim, oh meu deus, que triste fim
em um poço fundo, tenho, terei! que me esquecer
desde então faz tanto tempo que não durmo direito
passo minhas noites completo sendo um anormal
Me percebo comum e belo em pedaços estridentes
Então durmo tranquilo, feito gente
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4. |
Hinos do quarto
04:25
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Hinos do quarto
Vestidos caros, roupas finas, vejo tantas a passar
Vejo arte em galerias, beleza ao preço de chocar
meus olhos brilham com a luz dos prédios altos
em tantos deles já delirei, preso ao chão, intocável
A empregada abre a porta, quase não dá pra ouvir
Pergunta daquele jeito baixo, “agora posso ir?”
uma risada ecoa alto, ninguém ouve
Enquanto imagina o rosto de seus filhos à dormir
Do seu quarto, Michelângelo prática tatuagens
Em peles artificiais, tão vivas quanto ele
Que se retraem quando mancham demais,
E ofendem os passantes, com suas imagens
Luz escorre, em direção a sua pele
Entre os detalhes da renda preta, formas geométricas
Flores e enfeites, que sua querida avó fez,
Para chamar a atenção dos meninos, que prestam
Que trazem flores para a familia
Que oferecem ajuda na lousa, mesmo sabendo que será
recusada
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Alexandre María PE, Brazil
Guitarras excruciantes e melodias sonolentas, histórias que refletem a realidade dos tempos, são essas algumas das temáticas e conceitos por trás do projeto, um olhar realista de um mundo em contra mão, desvelando a realidade nos seus momentos bons e ruins. ... more
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